quinta-feira, 28 de maio de 2015

MODELO INICIAL - ESPERA EM FILA DE BANCO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXX, ESTADO DO XXXX.


 


 
 


 


XXXXXX, (QUALIFICAÇÃO), vem respeitosamente perante Vossa Excelência, propor a presente


  


AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS



 



em face de XXXXXXXXXXXXX, (QUALIFICAÇÃO), pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:            


 



DOS FATOS


 


O Requerente se dirigiu até a agência do banco Requerido no dia XXXXX, e retirou a senha para ser atendido às XXXXXXX, com intuito de fazer um XXXXX.


 


O Requerente somente foi chamado para ser atendido as XXXXXX.



                                          O Requerente aguardou ser chamado para ser atendido por
XXXXXXXX.


 


O Requerente teve seu anseio postergado em razão de um ato arbitrário do Requerido, permanecendo na fila por XXX minutos até que fosse realizado o atendimento pessoal do Requerente.



                                          Fato este facilmente comprovado, conforme é possivel verificar pela xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.



                                           Desta feita, tem-se que o desprezo do banco Requerido com os consumidores que utilizam dos seus serviços, causou muitos transtornos ao Requerente, que necessita ser amparado pelo judiciário.






                                           DO DIREITO


 


Trata-se puramente de relação de consumo, devendo, portanto, a matéria ser apreciada com fulcro na Lei nº 8.078/90.


 


O CDC define consumidor e fornecedor:


 


"Art. 2º: Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final."


 


"Art. 3º: Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços."


 


Portanto, é evidente o dever do requerido em indenizar o requerente, independentemente de culpa.


 


DO DANO MORAL


 


A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos diplomas legais a devida proteção, inclusive amparada pelo art. 5º, inc. V, da Carta Magna/1988:


 


“Art. 5º (omissis):


V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;”


 


Outrossim, o art. 186 e o art. 927, do Código Civil de 2002, assim estabelecem:


 


“Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”


 


“Art. 927 – Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”


 


Também, o Código de Defesa do Consumidor, no seu art. 6º, protege a integridade moral dos consumidores:


 


“Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:


(. . .)


VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.”


 


 A questão suscitada apresenta entendimento pacificado no repertório jurisprudencial da Turma Recursal Única do Paraná, inclusive tendo editado o seguinte enunciado:


Enunciado N.º 2.7– Fila de banco – dano moral: A espera em fila de agência bancária, em tempo excessivo, caracteriza falha na prestação de serviço e enseja reparação por danos morais.


 


Não se trata apenas dos danos causados ao autor, mas sim do descaso da parte requerida em atender seus clientes.


  


DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS



 


Ante todo o exposto, pede-se, digne Vossa Excelência:


 


a)- condenar o requerido, ao pagamento de uma indenização, de cunho compensatório e punitivo, pelos danos morais causado ao requerente, tudo conforme fundamentado, em valor pecuniário justo e condizente com o caso apresentado em tela;


 
Para tanto, requer, digne Vossa Excelência:


 
b)- ordenar a citação do requerido, via postal, no endereço inicialmente indicado, quanto à presente ação, para que, querendo, compareça à audiência designada, e apresente oportunamente defesa, sob pena de confissão e revelia, respectivamente.


 
c)- Conceder a inversão do ônus da prova, ante a hipossuficiência dos requerentes perante a requerida, nos termos do artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor.
 


d)- deferir a produção de provas por todos os meios admitidos em lei, principalmente, oitiva de testemunhas, depoimento pessoal do preposto da requerida, juntada de documentos, dentre outras que se fizerem necessárias ao deslinde da causa.


 
Dá-se à presente causa, o valor de R$ xxxxxx (xxxxxxx), para todos os efeitos de direito e alçada.


                 


Nesses termos


Pede e espera deferimento.
 


xxxxxxx, xxx de xxxx de 2xxxxx.


                      


 xxxxxxxx


xx

MODELO INSTAURAÇÃO / ABERTURA DE INQUÉRITO POLICIAL

ILUSTRÍSSIMO SENHOR DOUTOR DELEGADO CHEFE DA SUBDIVISÃO POLICIAL DE XXXXXXX, ESTADO XXXXX.


 



 


 


                                   XXXXXXXXXXXXXXXXX, (QUALIFICAÇÃO), vem, respeitosamente, com fulcro no art. 5º, II, do CPP, requerer a


 


 


INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL



 


                                                  contra XXXXXXXX, (QUALIFICAÇÃO), para a apuração dos fatos que passa a expor:


 


 


                                   FATOS, O MAIS COMPLETO POSSIVEL.


 


                                              A motivação do Requerente para apresentação do presente requerimento é a de que, em sendo este o entendimento, que sejam apuradas as informações narradas, visando esclarecer se o Requerido praticou ou não conduta ilícita, devendo que sejam tomadas as medidas cabíveis, ante ao suposto crime.


 


                                   ISTO POSTO, requer-se a instauração do inquérito policial para apuração e elucidação dos fatos acima narrados, enquadrando o Requerido na conduta típica penal culpável. Para tanto se faz necessário a oitiva das testemunhas abaixo arroladas, sem prejuízo da realização de outras provas que se fizerem necessárias.


 
 


                                                           Termos em que,


                                                           Pede Deferimento.


 


                                                           LOCAL/DATA.



                                    _________________________________________


                                               XXXXXXXXXXXXXXXXX


 
 

Rol de Testemunhas:


 


Nome:


Endereço:


 


Nome:


Endereço:


 

MODELO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - OMISSÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXXXXXX, ESTADO DO XXXXXXXX.

 


 


Autos n.º XXXXXXXXXXXXXXX


 

 

                                               XXXXXXXXXXXXXX, qualificada nos autos em epígrafe,de XXXXXXXXXXX, intentada por XXXXXXXXXXXXXX, igualmente qualificada, através de seu procurador judicial infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, intimada da r. sentença, com fulcro no artigo 535 e seguintes do Código de Processo Civil, opor os presentes EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, consubstanciados nas razões a seguir aduzidas:

 

                                               Como é cediço em Direito, para alcançar o fim a que se destina, é necessário que a tutela jurisdicional seja prestada de forma clara e completa, sem obscuridade, omissão ou contradição.

 

No caso dos autos, entende a embargante, permissa venia, que deixou a decisão proferida de se manifestar, expressamente, sobre pontos importantes levantados na contestação (fundamentos de direito), a respeito dos quais, evidentemente, deveria ter-se pronunciado.

 

A embargante sustentou em sua defesa que XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.

 

Ou seja, conforme amplamente demonstrado na contestação, a xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.

 

A r. sentença não dedicou uma palavra sequer à esta questão amplamente invocada na contestação apresentada aos autos. Quedando-se omissa a este respeito e merecendo reforma.

 

Desta forma, resta clara a omissão da r. sentença embargada.

 

Portanto, a omissão justificadora da interposição dos Embargos de Declaração caracteriza-se pela falta de manifestação a respeito de fundamentos de fato e de direito ventilados contestação, sobre os quais o juiz deveria se manifestar, configurando tal situação, na hipótese de uma sentença de mérito, verdadeira negativa na entrega da prestação jurisdicional, na medida em que retira da parte o direito de ver seus argumentos examinados pelo Estado.

 

Logo, restando absolutamente evidenciado que, se tivesse se atentado para as peculiaridades do caso, certamente, teria a r. decisão embargada chegado a veredicto diverso.

 

Assim, a interposição dos presentes Embargos de Declaração justifica-se pela TOTAL OMISSÃO da r. sentença quanto aos fundamentos constantes nos autos, configurando, tal situação, motivo de nova entrega da prestação jurisdicional, na medida em que retira da embargante o direito de ver seus argumentos examinados pelo Estado.

 

ISTO POSTO, requer a embargante sejam os presentes embargos recebidos em seus efeitos suspensivos e modificativos/infringente, bem como, desde logo, seja corrigida/reformada a r. sentença, para o fim de sanar a omissão apontada e, por consequência, julgar improcedente todos os pedidos da parte autora.



Termos em que,

P. Deferimento

 

LOCAL/DATA

 

ADVOGADO

OAB